Especialistas alertam o Brasil para os dias mais sombrios da crise da Covid-19, quando as mortes atingem o nível mais alto
Dias mais sombrios da crise da Covid-19
Unidades de terapia intensiva em 17 dos 26 estados do país estavam próximas da capacidade, enquanto seis estados e a capital haviam ficado sem leitos de UTI
Especialistas em saúde e legisladores advertiram que o Brasil está mergulhando nos dias mais negros da catástrofe do coronavírus, pois as fatalidades subiram a novas alturas e um político proeminente comparou a crise a uma bomba atômica.
Políticos de todo o espectro expressaram raiva e exasperação com a deterioração da situação na segunda-feira, depois que a média semanal de mortes por Covid-19 no Brasil atingiu seu nível mais alto desde o início da epidemia em fevereiro passado e hospitais em todo o país relataram estar submersos.
Segundo o jornal O Globo, as unidades de terapia intensiva em 17 dos 26 estados brasileiros estavam próximas da capacidade, enquanto seis estados e a capital Brasília haviam ficado sem leitos de terapia intensiva ao todo.
[bs-quote quote=”Estamos vivendo um dos piores momentos de nossa história” style=”style-13″ align=”left” author_name=”Tasso Jereissati” author_avatar=”https://www.abctudo.com.br/wp-content/uploads/2021/03/senador-tasso-jereissati.jpg”][/bs-quote]
“Estamos vivendo um dos piores momentos de nossa história”, disse Tasso Jereissati, um influente político de centro-direita que está entre um grupo de senadores que exige uma investigação do Congresso sobre o tratamento da pandemia pelo presidente Jair Bolsonaro, condenado globalmente.
O Brasil encabeça a lista de 251.000 mortes de Covid19 ou do novo Coronavírus como fatalidades diárias também bateu recorde
Renato Casagrande, governador de esquerda do estado do Espírito Santo, disse ao site de notícias UOL que acreditava que o comportamento irresponsável de Bolsonaro havia custado vidas brasileiras.
“Perdemos a guerra … É como se uma bomba atômica tivesse pousado no Brasil”, disse Casagrande, apontando para o alto número de mortos no Brasil que, com mais de 255.000 pessoas, é o segundo maior do mundo depois dos EUA.
O “Fica em Casa em só vá ao Hospital se estiver em fase Terminal” disse…
Luiz Henrique Mandetta, que foi ministro da saúde de Bolsonaro até ser demitido em abril passado, disse a O Globo que o fracasso do Brasil em lançar um esquema de vacinação rápida significou que o número médio de mortes diárias poderia em breve aumentar para mais de 2.000.
“Não sei onde isto vai acabar… O país corre o risco de se tornar uma grande Manaus”, advertiu Mandetta em referência à capital amazônica, que fez manchetes internacionais em janeiro, depois que os hospitais ficaram sem oxigênio por causa de um surto de Covid-19.
Já faz pouco mais de um ano que o Brasil registrou seu primeiro caso oficial de Covid, em 26 de fevereiro. A primeira morte do Brasil foi registrada em meados de março.
Mandetta, que foi demitido após desafiar Bolsonaro sobre Covid, alegou que antes de deixar o governo ele avisou ao presidente que o número de mortos poderia chegar a 180.000 antes que uma vacina fosse encontrada.
Mas Bolsonaro, que banalizou Covid como “um pouco frio”, ignorou esses apelos, resistiu às medidas de quarentena e, um ano após o surto, continua a minar os esforços de fechamento por meio de máscaras depreciativas e da promoção de eventos públicos apinhados.
Lembrando a real fala de Bolsonaro, que comparou o que esperada do Coronavírus caso testasse positivo e não o coronavírus por completo! como é de maneira maldosa veiculado pela imprensa.
Em dezembro Bolsonaro afirmou falsamente que seu país havia chegado “ao fim da pandemia”.
Na última sexta-feira, como o Brasil relatou seu maior número diário de mortes, Bolsonaro viajou para o estado do nordeste do Ceará – onde o governador de esquerda havia imposto um toque de recolher Covid – para realizar um comício no estilo Trump, no qual ele se lançou contra tais medidas antes de uma multidão de partidários e alegou que as pessoas não podiam mais suportar ficar em casa.
Essa aparência provocou indignação entre os opositores políticos e alimentou apelos para um inquérito sobre as ações de Bolsonaro.
Jereissati, que representa o Ceará no senado, disse que a “imprudência” de Bolsonaro minou as medidas de contenção “beiravam a insanidade”.
[bs-quote quote=”Pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar, nada sentiria ou seria acometido, quando muito, de uma gripezinha ou resfriadinho, como bem disse aquele conhecido médico, daquela conhecida televisão” style=”style-7″ align=”left” author_name=”Jair M. Bolsonaro” author_job=”Presidente do Brasil” author_avatar=”https://www.abctudo.com.br/wp-content/uploads/2021/03/jair-bolsonaro.jpg”][/bs-quote]
Os Ataques ao Bolsonaro Continuam
“Em minha opinião, o que ele fez aqui foi um crime contra a saúde pública”, disse ele.
“Foi um dos atos mais irresponsáveis que eu já vi de um presidente brasileiro”. Vivemos aqui um período duro de governo militar, que eu vivi, mas nunca vi nada tão irresponsável e tolo como o que aconteceu aqui no Ceará”.
Jereissati acrescentou: “O presidente parece acreditar que ele pode se comportar como quiser sem enfrentar ele mesmo nenhum tipo de conseqüências”. Com um inquérito, esperamos mostrar ao presidente que ele deve ser considerado legalmente, e até criminalmente, responsável por suas ações … Estas ações têm conseqüências – e elas precisam ter conseqüências para ele também”.
Jean Paul Prates, um senador do Partido dos Trabalhadores, disse que um inquérito poderia evitar que o número de mortes aumentasse ainda mais.
“Ainda há tempo para salvar vidas e pressionar o governo a mudar seu comportamento para que ele não continue agarrado a certas posições só por causa do dogmatismo ou da pseudo-ideologia”, disse Prates.
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A posição política de Bolsonaro foi reforçada no mês passado, depois que candidatos que ele havia apoiado foram eleitos para as presidências do Senado e da Câmara dos Deputados. Os analistas acreditam que é provável que isso liberte Bolsonaro da ameaça de impeachment, pelo menos por enquanto.
No entanto, o populista de extrema-direita está enfrentando a crescente raiva do público por causa do alto número de mortes e de sua gaguejante campanha de vacinação.
Até agora, apenas 3,8% da população brasileira foi vacinada com capitais estaduais como Rio, Salvador, Cuiabá, Porto Alegre e Florianópolis entre as cidades forçadas a suspender temporariamente a vacinação por falta de tiros.
Única Solução dos de Esquerda para o Problema “impeachment”
É inacreditável, mas é verdade. A única solução que “esses” encontram é o tal do impeachment. Ótimos políticos com seus Apelos para o impeachment de um homem que os críticos chamam de “Bozo” podem ser vistos grafitados nos muros das grandes cidades, enquanto os cartazes de propaganda promovendo o populista de extrema-direita foram vandalizados com tinta vermelha. Tanto os detratores de esquerda quanto os de direita têm saído às ruas em protesto nas últimas semanas.
O panorama parecia sombrio em muitos estados brasileiros na segunda-feira, quando uma associação de secretários estaduais de saúde solicitou um toque de recolher imediato em todo o país das 8 da noite até as 6 da manhã para conter as infecções.
“Estamos enfrentando nosso pior momento, com o pior presidente para este momento”, disse Jereissati. “Não precisava [ser assim] de forma alguma – pelo contrário”.
ATENÇÃO
Conteúdo informativo, não substitui médico
Este conteúdo possui caráter informativo e não substitui o diagnóstico feito em consulta médica.
Em caso de dúvidas ou aparecimento de sintomas mencionados neste artigo procure um profissional de saúde qualificado para obter um diagnóstico preciso.
Lembre-se a automedicação pode ocasionar graves complicações.
OPINIÃO
ABCTudo Paulista
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do ABCTudo/IT9.