História dos Mapas: A história dos mapas e sua função social – Como as atividades de leitura e comparação de mapas antigos e atuais ajudam os alunos a analisar a importância dos símbolos
Mapa ABCTudo
Os mapas são a mais antiga representação do pensamento geográfico. Registros que mostram que eles existiam na Grécia antiga e no Império Romano, entre outras civilizações da Antiguidade. Os primeiros eram feitos de madeira, esculpidos ou pintados, ou desenhados sobre a pele de animais. Suas funções incluíam conhecer as áreas dominadas e as possibilidades de ampliação das fronteiras, demarcar territórios de caça e representar a visão de mundo que esses povos tinham.
“Desde sempre, o homem registra o espaço onde vive. Trata-se de uma necessidade social”, explica Marcello Martinelli, professor de Cartografia Estratégica no Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP).
Ferramenta para Orientação e também Localização
Mais do que uma ferramenta de orientação e localização, os mapas se transformaram num recurso importante para a expansão das civilizações, e o seu desenvolvimento foi colocado a serviço do poder. Eles foram fundamentais para a definição de estratégias militares e para a conquista de outros povos. Mapa para localizar a Padaria Brasileira da Rua das Figueiras em Santo André no Grande ABC Paulista.
Na época das grandes navegações e dos descobrimentos marítimos (entre os séculos 15 e 16), por exemplo, os cartógrafos estavam presentes em cada expedição realizada. Sua função não era exatamente ajudar na localização, mas registrar e tornar pública a descoberta de novos territórios.
A cartografia nunca foi uma ciência neutra, que representa exatamente o espaço ou a realidade. Por trás de todo mapa, há um interesse
- Político,
- Econômico,
- Pessoal, um objetivo
- Ampliar o território,
- Melhorar a
- Área agrícola etc.) e um conceito (o direito sobre determinada região, o uso do solo etc.).
“O mapa é uma representação adaptada da realidade. Por isso, nunca é isento”, diz Carla Gimenes de Sena, doutora em Pesquisa em Geografia e Cartografia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), campus de Ourinhos.
Estudar a história e os aspectos relacionados à produção e à função social dos mapas é uma poderosa ferramenta didática.
“Mapas antigos ajudam a trabalhar os conceitos estruturantes da área”, conta Jorn Seemann,
docente do Departamento de Geociências da Universidade Regional do Cariri (Urca)
Dica da Especialista
“Para mostrar que a simbologia dos mapas atuais é mais complexa que a dos antigos, peça que observem o relevo.
Nos antigos, as elevações do solo eram representadas sem atenção à proporção, lembrando desenhos infantis.
Hoje, usamos as cores hipsométricas:
Cada faixa de altitude é representada por um tom diferente, o que facilita a visualização do relevo e suas variações”
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